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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Navio mercante...



Da orla ofegante,  se podes o  avistar
sobre as aguas sem fim, vem se avizinhando...
Da âncora, a certeza de que vai se atracar!
Fundeadouro, que afirma está provisão,
procura no fundo do mar teu melhor caminho!


Nave mercante, nesta ilha prolongará por ninhos,
Para tal tripulada, a saudade de sua amada,
no coração fundeado...
Remotos anseios, desafiados pela desordem, destas águas
no agitar de sedentas lembranças...


Quanto tempo mercantiavas na distancia,
o querer, o vender e o poder voltar!
E nessas aguas ondulantes,
o tremor tripulado por este amor,
tão distante, maior desejar-te em mim  ansiava!


A orla se cobriu de perfume, ao longe
teu cabelo acenado pela brisa, a percebi por esta flor
que tão bondosamente tu a enfeitavas,
entre sua beleza, qual ela se rendia a ser apenas um adorno!


A distancia de uma rasa bondade, me esperava a terra firme,
e no mar de mil desejos, tu me aguardavas...
Pojarvamos entre ansiedades, por tocar esta terra que,
que me acompanhará entre tormentas ,
esta ilha que desfilava nas ondas de minha saudade!


Já lhe trouxe minha amada as mirras emanadas, das mais puras fragrâncias,
e as sedas sobre as quais, me enlevava em alto mar,
Por tal maciez desta leveza, me embriaguei em teus desejos...
Pois me foi insuficiente destas aguas o bravejar!


Contemplava-te em devaneios deste meu prazer,
Ao longo no fim do olhar, tua nudez eu percorria
(sobre a perfeita seda a lhe desenhar),
Teus revolvos de saudades na solidão de nossa cama,
enchia o meu horizonte,
 (te via cobrir o Céu toda nua, e teu reflexo reluzia sob a superfície deste mar)


Navio mercantil, pequena faísca acesa acobertava as tempestades,
de noites sem luar, quantos delírios tripulando o coração da gente!
E sobre o leito movediço, ouvia ou teu sussurrar,
em minha direção olhar de segredos, me exigia silencio, me convidando, a ti sonhar...


E sonhava muito, enquanto mercante gigante surfava,
sobre grandes ondas e maremotos,
Fabricava versos e os prometia entregar a você,
Nos cais encerrados, (entregas providas),
agora jurado sob, o prometer de minha própria  vida,
nunca mais, sem tê-la ao meu lado a este mar vou me estender !


Abalroado, escuto ao longe o apito (chegada a hora de voltar),
Poucos dias, se passaram em minutos, na direção deste teu amar!
(Agora tu vens comigo minha querida),
 por este gigante a nossa frente,vamos juntos navegar!


Navio mercante,
a transportar esses dois amantes,
Ate o próprio mar sente!
As aguas amortecem, quando toco o seu corpo,
E as tempestades, dessa saudade não resiste a esse navegar,
sou eu capitão deste teu corpo,
e te  escondes carente entre o meu abraçar!


Ah navio mercante....Minha historia.....Minha vida.....E o Meu Amor....
São teus tripulantes,
Agora se ouvem neste mar arfante....

Nas noites maremotas, a segurança de um amor
que preferem ignorar este mar, (entre gemidos e carinhos)
não dependentes deste (luar)
são estes dois amantes! Em seus corpos a navegar!


Navio mercante...


 Autor:


lorisvaldolopes.blogspot.com.br

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