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quinta-feira, 14 de abril de 2016

A flor da água


Bem no coração da mata
aonde o verde é mais concentrado
Em suas copas elas se abraçam
ali os rios são menos correntes
correm suaves, quase calados.

Existe ali uma figueira centenária
uma jovem senhora...
Curvou sob a superfície do rio uma forte galha
prometendo jamais ir embora.

Despejando sua sombra de paz 
sobre as águas envaidecidas.
Eternamente sabe o que faz
o instinto sobrevive por amor a vida

O que convoca a atenção
favorece a paz
Estimula a concentração
e sempre que nos silenciamos para ouvir
aprendemos mais...

A natureza têm o poder de inspirar
o saber é como os peixes.
Nos desafia a pesca-la
é em feixes a abraça-la!

O carinho de paz natural me trouxe sorte
Aquele tablado de pesca
me serviu de cama...
Poeta
natural consorte
apaixonado por esta dama.

Olhando para o céu
e ouvindo o som dos pássaros
Atravessei a cortina deste véu
sonhei muito alto.

Uma planta vi nascer
no meio do rio
Vi ela crescer
em sua copa havia um brilho

Um brilho verde
é a joia mais rara na vida humana
A flor da água tinha sede
"sede soberana"

Mãe fértil da vida continuada
me proibiu o medo
Me levou ao alto para que eu olhasse a estrada
A vida se interliga se dividindo ao meio

Me pediu calma
me ofereceu conhecimento
Dizendo-me ser a alma
do tempo


Como negar lhe amor?

Negando-lhe o coração
Se um dia nos faltar uma flor
Uma sequer.
A semente não voltará mais para o chão...
Natureza mãe, ame-a com ardor é fé!

A flor da água me chamou de filho
me abraçou
Me fez adormecer como recém nascido
Os peixes saltando fora da água me acordou

Me vi crescido
neste lugar preservado
Que chegou até mim,
ele deve chegar também
aos filhos de todos os filhos de nossos filhos.

Poeta natural têm verde em seu legado!


A flor da água

 
 
(Lourisvaldo Lopes da Silva)

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