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terça-feira, 10 de maio de 2016

Do poente ao nascente



Quando dissipar desfez a escuridão,
o vazio, era de um homem só,
-à solidão.

Houve penumbra em meus dias,
mesmo cercado,
apenas a mim mesmo, eu me via,
entre monturos desolados.

"Quem é amor", que se sentes bem?

...Com essa falta de carinho?

Ou o orgulho afaga o suficiente,
os grandes momentos sozinho?

Existe descaso, mesmo na luz
quando enxergar, é algo que não se quer.
Não interfere em nada,
o merecer de cada qual a sua cruz,
ainda que negue com fé,
a falta da pessoa amada.
 
Não reconhecer em si,
o que sabes que precisa,
é fingir,
(nunca se realiza)

Mas amar-te me foi o farol,
a rasgar as névoas em minha noite,
nas florestas de taiga fostes os raios de sol,
duvidem os sábios, "Nunca os loucos!"

Porque fui eu o pertinaz,
que sofria calado,
[um silencio de paz],
sob um coração apaixonado!

Quem imaginava-te dia
desejava-te na noite...

Noite é dia, resumirá bem que fomos,
"Ah esse tempo régio limitador",
até que enfim nos encontramos
no crepúsculo deste nosso amor.

 
 (Lourisvaldo Lopes da Silva)

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