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domingo, 8 de maio de 2016

(Dona Cândinha)




"Velha é a senhora (tua mãe)",
dona Cândinha retrucava
(ainda era uma jovem) ...Bisavó!
Em seu conto de fadas.

Laço de fitas no cabelo,
loção suave de rosas,
 nas mãos, um espelho,
dona cândida (pouca coisa a incômoda)

Nunca chame de velhinha (a dona Cândinha)
Vai ter volta, ah sim, vai sim...

A menina sempre dava o ar da graça,
vestido vermelho, (na altura do joelho)
Todos os dias ia a praça.

Cândinha foi mãe de sete,
 é avó de dezenas...
 Somando os bisnetos,
chegaram a centenas.

Em sua posteridade
colheu frutos até a quarta geração...

Apesar da matemática,
da soma dos dias...
Cândinha era enfática,
uma amante das poesias.

Nunca faltou lhe cortejos,
os mais antigos (sempre são os mais românticos)
Se derramavam por seus ensejos,
Cândinha, virou até parte de um cântico:

"A beleza disse pro corpo"
/Corpo/tu/és/oco.
O corpo ingratecido envelheceu,
Respondeu para beleza
"/Quem /és /tu /sem -eu?"

"Cândinha respondeu /Sou/ eu"
Cândinha não se rendeu...
 /Sou/eu/Sou/eu/

A beleza virou canção, entoada...
/Vêm /pra /fora coração /ainda é madrugada/...

Cândinha quer dançar,
- Dance com ela...
 Ela sabe se amar,
- Dance com ela...

 "Uma (velhinha) bonitinha
 me disse (bem baixinho)
Me chamo cândinha,
velha é @#&$@#  a senhora
tua mamãezinha."


(Lourisvaldo Lopes da Silva)

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