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quarta-feira, 29 de junho de 2016

A coruja Pia




Brilha na escuridão dois grandes olhos
bastonetes gigantes
Silenciosas fóveas aguardam horas
Pensando brilhantes.

Está com frio minha coruja 
Pia
Má presságio a rinha labuta
   Pia.

UHU! UUUUU -UuuuuU
 Pobre agouro julgado
Costurando lendas .
Cobre de chios o arrolado
crujando sentenças.

Harmoniza entre os grilos
cri-cri-cri-cri-cri-cri
FUUU'FUU'FuÚ-FÚFuuuuufuhuhuhu
cri-cri-cri-cri-cri-cri-
FÛ-FÚ-uhUhuUuUuU
Finaliza em suaves gritos
 FUuuFUuuuUuFuuuu
"CrÍiiiiÍ "CrÍiiiih

(não se sabe quem está mais perto)
Se a Coruja? Ou o eco?

Rasga a mortalha, envolve o medroso
"Ela apenas espevita"
Fala baixinho (duvido) o corajoso
E ela solta os guinchos.
  
Têm bico fino e garra afiada
E casaco de penas
Menino Chico abraça Renata
(O medo vale cada pena)
        
E, ela discreta só assunta
Carranca séria do alto do poste 
Observa o casal na penumbra
Se adiantam (temendo) a morte

Ah minha coruja melhor tê-la junto. 
(sempre por perto)
O piar da coruja também traz sorte.
Quanto mais alto a escutamos
(mais forte) Nos abraçamos.



(Lourisvaldo Lopes da Silva)

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