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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Aragens de um solitário



As manhãs emanadas contemplam
O sol se levantar -escalando o céu.
Meu afã silenciado, é intermitente
aragens de uma manhã entristecida.

Que poucas vezes se respirou por aqui
folhas amareladas que choravam muito.
Estavam sendo levadas, por ai
eu -pensei ter vencido, mas estavas ali
 -indo junto!

No frio de uma madrugada minha
os orvalhos escorriam em minhas flores.
Como amante em luto, eu choro por minha  rainha
e trouxe para o claro as minhas dores.

Vês aí! "Não há sangue em minha alma
e o ar de meus pulmões não tem cor."
São as flores destes campos a nossa cama
o sussurrar de um coração por sua dama (seu amor) 

Minha mãe é aquela estrela maior no céu
e todo o ar a minha volta faz parte de mim
Nas noites de lua podem escutar,
os meus versos de cordel
Consigo amar o mundo a minha volta,
mas não consigo partir.

-Com o calor crescente de um dia extenso
induzida a se tornar em dor essa minha saudade.
Se eu pudesse atravessar ainda hoje, esse silencio
...Seguiria o ar, por onde for antes que seja tarde.


(Lourisvaldo Lopes da Silva)

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