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quarta-feira, 29 de junho de 2016

Contos



A dona daquelas terras...
Têm um ipê florido em seus olhos.
Sapês de cores estampam seus vestidos.
Os meus olhos estribilham por ela.

As batidas de seu coração
despertam as flores sobre o solo
E a sua sombra envaidece o chão
quando o entardecer deita em seu colo.

Trouxe pra ela castanhas
colhidas em minha eira.
Meu coração a acompanha
como o desaguar d'uma cachoeira.

Ela têm cabelos dourados
e estão pôr toda parte.

No pé daquela serra
nasce uma montanha.
Daqui de minha terra
a vejo castanha.

Têm os olhos bem disfarçados
Verdes? Azuis? Ou negros?

Verdes eles ficam quando os nascem em mim.
Azul se transformam, quando ela olha para o céu.
Negros, quando em segredo espreitam o meu coração.
Desejando que, essa distancia chegue ao fim.

Vou lá! Naquelas terras tem uma mulher
dona de tudo a sua volta 
E, se eu não mais voltar...É porque ela não quer.

A dona daquelas terras
será também dessa poesia!
Abre as porteiras quê o amor têm pressa.
Aquela primavera têm sua senhoria

Vende-me um pedaço deste chão?
Para um lavrador poeta?
Que entende a terra como ao coração
um grande amor é minha única oferta.

Porque todo o resto, já tens em sua mão.


(Lourisvaldo Lopes da Silva)

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