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sábado, 23 de setembro de 2017

(CONTO) A fraca luz que ofusca o luar...



No fim da curva
a estrada se divide.
E do outro lado da rua
há, um ponto de espera.
Alguns dos que estão ali,
se sentem profundamente livres.
Luzes e sombras artificiais,
ofuscam do céu o clarão da lua.

Uma silhueta me chama a atenção
"um jogo de contornos
que se movimenta, sem parar."
Impaciente são as incertezas de uma espera!
Sim! O sonho e a realidade
são mesmos eternos rivais.

Eu fui atraído pela penumbra,
e dentro dela, me senti livre para sonhar.
E seduzido pela sombra daquela mulher,
me distanciei das luzes que iluminavam a cidade.

Precisava conhece-la melhor
e foi o que fiz, naquela hora!
Atravessei rapidamente a rua,
(o segredo de certa forma desperta o desejo)
Eu estava no caminho certo
estava indo em sua direção.

A paixão pela vida guia os cegos,
e o medo de viver o que desejamos, devora
às nossas almas lentamente...
Pensando assim, e vivendo assim
eu sempre me entrego.

Nem mesmo sei,
se aquele, era mesmo o seu nome.
Nem sei porquê,
mudei o meu nome?
(ao me apresentar a ela)

Penso que seja o medo de se envolver,
e no fim acabar se apaixonando,
um pelo outro.

Não conheço bem o seu rosto,
a noite aqui embaixo e iluminada por estrelas artificiais,
e cada rosto tem uma noite própria,
que os acobertam, e os protegem.

Conheço e me lembro bem,
do seu perfume, do gosto do seu beijo,
e dos contornos do seu corpo.

Passamos juntos, apenas algumas horas,
e elas não foram eternas.
É! "Os dias que nascem afugentam as auroras."

Ela escolheu viver de esperas,
me deu um ultimo beijo e foi embora,
prometendo me esperar,
todas às noites no mesmo lugar;
Aonde a fraca luz ofusca o luar.

FIM.

Autor; L.L.S

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