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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

(Romance) Meu Amor invisível...




Prt: I Aos vossos olhos, sozinho.


—Vamos indo então!

..."Havia me esquecido que eu não estava sozinho,
tinha muitas pessoas próximas a mim, e, eu não queria
ter quê dividi-la com nenhuma delas. E foi por ti que eles
procuraram observando atentamente a minha volta,
até se darem conta de quê eu estava mesmo sozinho."

—(Eu sei que eles estão pensando que eu estou louco,
e a culpa é tua por ter me distraído tanto! (deixo-a sem graça, eu sei)

Me desculpo com ela; —Quando me proponho a admira-la eu me esqueço,
que estou em um mundo de pessoas cegas —e ignorantes de alma.

Eles nunca iriam conseguir compreender um amor tão forte assim.
"Não me sinto culpado por eles, ela me escolheu,
não a nada que eu possa fazer por eles."

—Ei vocês viram aquilo!

Risos e galhofas vindas de sátiros que se julgam
melhores que aqueles que criticam. Me afasto
rapidamente deles, não suportaria mais um segundo
ao som de seus risos tolos e de seus olhares bobos.

Gosto de vagar pelos lugares ermos, aonde crescem preservadas
a mais belas flores do campo.

—Olhe querida essa rosa vermelha!

Sempre que chamo a sua atenção tenho algo para
lhe oferecer em minhas mãos.

—Deixe-me coloca-la em seus cabelos!

Eu sei que nada pode deixa-la mais bela do que já é,
os adereços são só adornos que indicam o valor
daquilo que realmente importa. Nesse mundo pra mim é ela,
como o templo sagrado do amor.

—Porquê todos os dias eu tenho de ser lembrado!
Minha sina é triste e as vezes me sinto muito frustado
 —Me martirizo ao ver cair  ao chão
a rosa vermelha que com tanto carinho escolhi para ela,
com minhas próprias mãos, "essas mesmas que nem sequer podem toca-la."

Em alguns momentos eu a vejo tão claramente,
que seria capaz de desafiar o mundo, é tentar provar pra todos
o quanto ela é real, e que não existe apenas na minha mente.

Mas ela é tímida como uma pequena nuvem,
que se esconde na frente do sol. Tirando todo o brilho do meu olhar.

—Está bem! —então se não queres a rosa vermelha talvez queira...

Antes que eu complete a frase ela me pede silêncio,
suspira profundamente e depois assopra suavemente sobre as flores do campo,
(a cada brisa todas se tornam mais vistosas e exuberantes) observo.

—É verdade devo concordar contigo minha amada. —Elas são muito mais bonitas
ali mesmo no topo das floreiras.

Sempre que concordamos em algo ela reforça uma promessa
que me fez um dia, e a cada vez que isso acontece eu a sinto mais viva,
e bem mais perto de mim.


Meu Amor invisível...

Prt:II Quem é essa diante dos meus olhos?



—Ei moço!

(Uma voz em meio ao nada me chama,
–detesto as pessoas que se parecem comigo, elas são poucas
assim como são pouco os lugares aonde gostamos de ir.)

—Acho que estou perdida!

[???]
– Todas as vezes que alguém,
me pede uma orientação sou eu quem fica perdido–
se as pessoas não sabem o caminho a seguir
"como elas querem chegar a algum lugar?"

—(Querida por favor se esconda! –Não quero que a descubra ao meu lado)
Pela primeira vez em muitos anos não consegui vê-la, ela havia se ocultado
até mesmo de mim.  "Mas? ...O quê é que essa jovem tinha que a assustará tanto?"

No interesse de responde-la com presteza para que seguisse logo,
o seu caminho de dúvidas eu a perguntei;

—Senhorita não deveria estar aqui neste lugar sozinha. —Inda mais que me
parece um pouco confusa.—Em que poderei ajuda-la?

—Não estou confusa amigo!—sei bem aonde quero ir, só não consigo encontrar
o caminho mais limpo –em meio aos arbustos que me levem até lá...

Dizendo isto apontou para a direção da cachoeira escondida, (tem esse nome)
porque é alimentada por um manancial de água que corre protegido
por um estreito canal coberto por galhos de araçás, que são muito abundantes
em sua margem até a encosta da furna dos ecos.
Ali o pequeno riacho se lança em queda livre, se perdendo em meio as
altíssimas arvores que lutam para alcançarem o topo dessa planície (aqui em cima) 

—Quase ninguém vai ali porque você deseja ir até lá?
Perguntei para ela surpreso de sua estranha curiosidade,
por um lugar de tão difícil acesso.

—Sou fotografa e amante desse tipo de lugar —só tirarei algumas fotos ali.

(fotógrafos quem é que vai entende-los? Pensam serem capazes de verem
bem mais que qualquer outra pessoa)

—Já que está mesmo decidida, segue por essa trilha
–mostrei a ela a batida de alguns animais que iam até o inicio da cachoeira escondida.
—"Pode seguir por aqui sem medo a essa hora os animais não saem para se alimentarem!"

Ela já estava na trilha, quando voltou o olhar para me agradecer,

—Obrigado! –Como se chama? (disse que assim que as fotos fossem reveladas,
iria me mostrar como é o mundo aos olhos de um fotografo)
Respondi-a e disse-lhe aonde me encontraria na cidade.

Peguei o caminho de volta até a cidade,
—Até que em fim você apareceu! –minha amada assim como eu têm uma timidez
de poucos motivos e de bem poucas palavras.

—Não faça mais isso, jamais desaparece de meus olhos –sabes bem que não suportaria viver sem ti.

Ela despreza sorrisos pelos seus lábios quando é chamada a atenção,
mas logo os conquista em mim. Sabe bem quanto a amo, e como a conheço também
–tinha acontecido alguma coisa ali e ela estava tentando me esconder.

—O que foi? –Aconteceu alguma coisa, não foi mesmo?

Não sou de insistir por muito tempo, não gostaria de me sentir
correspondido por qualquer gesto ou dedicação que fosse contra a vontade
da pessoa que amo. Sigo em silêncio e completamente inspirado por ela.

Passado alguns dias batem a porta de minha casa. Ao abrir a porta uma surpresa,
escancarada nos olhos curiosos da fotografa que encontrei no campo aquele dia.

—Trouxe as fotos como havia te prometido aquele dia –quer vê-las?

—Sim por favor entre! Ela me pareceu muito a vontade comigo, e não foi
essa a impressão que eu procurei causa-la. Mas ela ignorou os grosseiros sinais
de descontentamento em me envolver com ela.

—Olha meu amigo –em primeiro lugar quero pedir-lhe desculpas!

Pronto! Agora eu vi que era mesmo uma mulher excessiva, nada havia me feito 
para que fosse necessário tal pedido. (era o que eu pensava) logo após ela disse;

—Sabe aquele dia já havia alum tempinho que eu estava te observando
–e sem que me percebesse fiz algumas fotos tuas!

Agora estava entendendo porque a xereta fotografa se desculpava.

—Não se preocupe já que fizestes ‒o que mudaria a minha opinião?

—É que apareceu mais alguém nas fotos ao seu lado." —Quem é ela?
—A mulher que aparece ao teu lado nas fotografias?

Agora sim ela me assustou, e comecei a entender o sumiço de minha amada
naquele momento em que ela estava por perto. Só não conseguia entender
como aquela fotografa conseguiu capturar imagens dela? Isso seria impossível
ela deveria existir somente para mim, ela esta blefando (pensei) deve ter sido
reflexos na lente de sua câmera fotográfica, é o que eu esperava que fosse

—Deixe me vê-las primeiro! Pedi-a ansiosamente as fotos minhas, na esperança
de que eu estivesse certo e ela errada. Mas foi ao contrario, a mulher que eu amo,
o meu amor invisível estava ali em todas as fotografias minhas, ao meu lado
e naquele dia apenas eu não conseguia vê-la. Mas estava bem ali,
perfeitamente como ela é.

—Posso ficar com essas fotos? Pedi a fotografa que me desse todas elas,
e ela sorriu respondendo
—Claro que sim elas são imagens suas tem todo o direito de imagens sobre elas,
só poderiam serem divididos comigo através de um permissão sua.

(assim me sinto mais tranquilo, ninguém mais as verá então)

—Bem só tenho uma dúvida...?  –Mas não se sinta na obrigação de me responder–
se responder gostaria muito de ouvi-lo.

Já que minha amada havia se exibido a ela diante de sua câmara,
me senti mais confiante com a presença dela (e seria bom para nós dois poder dividir
com alguém disposto a respeitar e a ouvir como tudo começou entre nós)

Meu amor invisível

Prt;III Como tudo começou...

...(Continua) Nas próximas postagens.

Autor: L.L.S

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